Redação pronta sobre Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil

Eu, professor André Gazola, escrevo ao vivo uma redação pronta sobre Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil, expondo todo meu raciocínio e método de planejamento do texto dissertativo-argumentativo cobrado na prova do ENEM 2022.

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Palavras-chave e Brainstorming

índios, colonização portuguesa, reservas ambientais, participação política, exploração, donos, carta de Pero Vaz de Caminha, catequização, revoltas, tribos canibais, O Guarani, Iracema, doenças, acesso a saneamento, educação, voto, desmatamento, questão indígena nos livros didáticos, dia do índio

Esquema pré-texto e estrutura

Introdução

  • Carta de Pero Vaz de Caminha/colonização/índios
  • Exploração
  • Donos
  • Tese: é necessário maior valorização dos povos tradicionais do Brasil uma vez que representam nossa história e o foco que damos ao legado de nossos antepassados

Argumentação

Argumento 1

participação política, voto, valorização da religião, catequização, O Guarani, Peri, conversão

Argumento 2

Doenças, acesso a educação, saneamento, reservas, desmatamento

Conclusão

  • Quem? órgãos governamentais em conjunto com ONGs
  • O quê? mudar a visão da sociedade em relação aos indígenas
  • Como? alterando a forma como os livros didáticos representam a figura do nativo, como se fosse um personagem folclórico
  • Resultado? que o índio seja visto como um ser humano independente, livre, dono de sua própria cultura e com suas necessidades, [detalhamento] dessa forma tendo mais espaço para maior participação nas decisões sociais e políticas do país.

Redação pronta ENEM 2022

Em sua Carta escrita ao rei Dom João João VI, quando da chegada dos portugueses ao Brasil em 1500, Pero Vaz de Caminha, o escrivão da frota de Cabral, descreve o primeiro contato com os povos nativos. Ele narra, por exemplo, como os índios ficam impressionados com simples artefatos exibidos pela tripulação, demonstrando interesse em trocá-los por preciosidades da sua terra. Aproveitando-se da inocência do nativo, o colonizador acabou por explorá-lo ostensivamente, relegando esses povos até hoje à margem da sociedade. Dessa forma, é imprescindível resgatar a honra e a valorização dessas comunidades através de instrumentos que os permitam ter livre acesso não somente a itens básicos como saúde e educação, mas também à participação social e à prática de suas próprias tradições.

Em primeiro lugar, vale destacar como os povos nativos do Brasil foram alvo de sucessivas tentativas de imposição da cultura europeia. Na obra O Guarani, de José de Alencar, por exemplo, o personagem índio Peri decide por converter-se ao catolicismo como único meio de poder ficar com sua amada Ceci, uma jovem filha de portugueses. Isso demonstra claramente como a visão do colonizador não envolvia a liberdade para o povo nativo desenvolver suas próprias práticas culturais e religiosas. Ainda nesse sentido, a participação social e política dos povos indígenas, mesmo hoje, também é muito reduzida, uma vez que são uma minoria quase insignificante em cargos políticos.

Além disso, os povos tradicionais de Pindorama têm dificuldades, atualmente, até mesmo em relação a sua própria subsistência. Sabe-se que os portugueses trouxeram uma série de doenças antes desconhecidas para os nativos, o que foi responsável por dizimar boa parte dessa população. Nesse sentido, uma importante dívida que temos envolve garantir a eles condições básicas de dignidade, como acesso à saúde, à educação e à segurança. Contudo, não temos conseguido honrar sequer suas reservas definidas por lei, já que o avanço exploratório de nossas florestas tem se intensificado, colocando em risco mais uma vez a vida dessas tribos.

Portanto, é de suma importância que órgãos governamentais, em conjunto com ONGs, preocupem-se e ajam de maneira a valorizar as comunidades e povos tradicionais do Brasil. Para isso, é imprescindível alterar a visão que a sociedade tem em relação ao índio como uma espécie de personagem folclórico, pois na escola, por exemplo, o livro didático o representa exatamente dessa forma, o que pode nos indicar um bom ponto de partida para a solução do problema. Assim, espera-se que essa parcela tão importante da população possa ser vista como seres humanos independentes, livres, donos de sua própria cultura e identidade, dessa forma tendo mais espaço para participação nas decisões sociais e políticas do país.

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Escrito pelo professor André Gazola

André Gazola é professor de redação e língua portuguesa há 15 anos, foi avaliador de redações do ENEM por 3 anos e já levou centenas de alunos à aprovação em cursos concorridos como Medicina e Engenharia, em universidades federais e privadas. Além disso, foi orientador de artigos e TCCs em cursos de graduação por 4 anos e hoje é um grande entusiasta da inteligência artificial aplicada à educação. Atualmente produz conteúdo sobre redação para o Youtube, Instagram e Tiktok, além de gerenciar seus próprios treinamentos: o Meu Sonho de Redação e o ProfGPT.

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